3 de outubro de 2009

(ingridalvarez.com/)

contemplando o corpo morto

sobras desmanteladas de nossos desgastes

ruínas do porvir em possíveis afeições natimortas

não há redenção na espera incerta de suas horas precisas.

ao franzir da testa formam-se três camadas de pele

três rugas personificando a ação incompleta,

o acovardamento da evitação,

o fracasso do pensamento.

cansam os olhos postos em contemplação

cabeça baixa

coragem!

é preciso segurar o olhar

não deixar cair, mas

inadvertidamente,

.

dá-me, senhor, a coragem e a força de

contemplar meu corpo sem desgosto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário